Conversas pesadas para crianças. Será?

Meu filho me surpreende. Depois de assistirmos a uma animação sobre o que acontece ao corpo após a morte, Elias e eu conversamos sobre cremação e enterro. Daí, ele disse que preferia ser enterrado (pois, segundo ele, se fosse cremado, ninguém saberia que ele existiu). Também disse que gostaria de ter um cemitério no quintal da casa dele, quando ele crescer (ele quer ter a família sempre por perto). Assim, quando as pessoas queridas morrerem, ele as enterrará em seu cemitério particular, que terá um lindo jardim.

Há quem considere essas nossas conversas um tanto "pesadas" para uma criança de 5 anos. Mas eu tento abordar assuntos difíceis numa perspectiva natural, simples, direta e verdadeira. Desde os 2 aninhos, Elias compreendeu a ideia da morte e da vida também (expliquei a ele o modo como os bebês são gerados). Ele tem um raciocínio àgil e brilhante, portanto creio que devo estimular sua autonomia desde cedo.

Eu descobri o quanto a morte é cruel aos 5 anos de idade, quando um acidente fatal levou meu primo Marcelo para sempre. Ele era uma criança e não entendi porque ele se foi tão cedo. Foi um trauma que nunca superei. Eu não estava preparada para lidar com a perda de pessoas queridas.

Não quero que meu filho sofra como eu, por isso, vez ou outra, falamos sobre a morte. E ao fim de nossas conversas, falo da promessa de ressurreição dos mortos, quando Jesus voltar. É lindo ver o brilho da esperança nos olhinhos marejados de meu pequenino quando eu digo que Jesus nos reunirá no céu e viveremos felizes para sempre.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 11/07/2016
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