Tic-tac

Você olha pro relógio: quase uma da manhã. Está ‘bobificado’, maravilhado. Com o coração querendo sair pela boca, você se indaga: “serão pra mim essas palavras?” Você tem que dormir, seu cérebro sabe disso, mas não colabora; não manda esse comando para seu coração. Continua ligado no 220, a 2 mil por hora. Sem saber até quando conseguirá segurar tudo o que está pedindo para ser dito, você vê que mais uma vez seus pensamentos estão desencontrados; você tentando organizá-los para que as ideias fluam, tudo se encaixe e comece a fazer algum sentido. Nesse momento, você pede à sua mente e ao seu coração que lhe deem uma trégua. Pensa: "amanhã tem mais, cara". Mas eles não compreendem a linguagem da razão. Preferem a emoção. Você ri de si mesmo, constatando que pela primeira vez está exercitando a sua paciência. “Tudo tem sua hora”. Embora tenha em mente um único nome, o mesmo pensamento e o insano ímpeto de cometer loucuras, você se convence de que não pode agir com a mesma irresponsabilidade de antes. Há controvérsias, mas até mesmo para um coração como o seu devem haver os limites. Sentimento é coisa séria. Demorou, mas você aprendeu.

TJ Torres
Enviado por TJ Torres em 08/11/2016
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T5816982
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