Humano

Inconcebível ser

Por vezes é serpente

Afinal, o que vale é parecer

Será que vive realmente

Ou é escravo da aguardente

Não seria um acaso

Se o seu rosto fosse máscara

O conteúdo é raso

Seriedade talhada num rosto de tábua

Serenidade que não é serviente

Não serve nem ao próprio recipiente

Nasce com essência

Vive uma obsolescência

Morre até de uma simples falência.

É, mas não é o que deseja

Sereno boêmio nas serestas

Sofre com refeições e ações indigestas

Afeição inconstante, ego que flameja

Mergulhando a alma no caos urbano

Será mesmo um ser esse tal de humano?

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 09/02/2017
Reeditado em 19/11/2020
Código do texto: T5907002
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