Ansiedade

A menina que roubava sonhos

Tão bela!

Surgia impaciente, nada singela

Ser suave não era

Ou seria ela apenas sincera?

Resposta não há, nada é correto

Se for certo demais, é apenas um erro discreto

Pura chatice, sufoco!

Ali estava ela, menina encantada

Usando a invenção entalhada

Nervos nada inertes

Tremula, acelerada que só

Vitalidade ou morbidez, sem dó.

Surgia sem luz, sem cruz

Era o cru a olho nu

Suor que queimava sem dor

Punha os pelos em pânico pela pele ácida

Não tinha pudor.

Assim a menina sorria

Som e imagem sombria

Não dizia seu nome, quiçá tinha clone

Mas no findar da areia do tempo

Após saciar sua fome

Disse como roubava os sonhos no vento

Verbalizou o nome do invento

Ansiedade era a alcunha de sua vil criação

Pavor em dose sutil, uma leve destruição...

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 11/06/2017
Reeditado em 11/06/2017
Código do texto: T6024095
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