Fúnebres relatos humanos

Histórias fúnebres e minhas risadas

Que o tempo leve a tristeza que quer fazer morada

Deixa ela ficar zonza, procurando onde se encostar

Procurando brechas para ficar

Levante rapidamente e

Acenda a luz, amor

Pois tristura logo vira cabra cega

Aperte a mão do irmão

Peça perdão pelo desconforto

Que só fica a encurtar o pavio

Engana a tristeza, como quem tenta deixar o morto com aparência viva

Ah, se eles soubessem que aquele corpo desalmado ai deitado

Tantas vezes já se olhou no espelho e se assustou com sua ausência de vida

E se questionou, em qual das caixas da mudança deixou a alegria?

Desembrulhei desencorajada, aquele jogo de toalha que em outro momento

trouxe animadamente com outras tralhas

Fúnebres engraçados relatos humanos

Que parcela bens materiais por anos

achando que é pouco

Mas, amar à vista que é demais.

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 03/04/2018
Reeditado em 05/04/2018
Código do texto: T6298096
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.