Em memória da minha irmã que tanto amo, Fátima.

Qual o tamanho da dor quando a distância é a eternidade?
Não tem como mensurar...
Não tem largura...
Não tem extensão...
Não tem profundidade...
É um vão.
É um vazio.
É sombrio.
Hoje faz 30 dias que eu vi seu último olhar...
Exatamente, poucos minutos antes de você fechar os teus olhos verdes aqui neste planeta azul, neste ponto de luz solitário, neste pequeno planeta chamado terra... 
Naquele dia, há... naquele dia... seus olhos estavam mais verdes do que todos os dias que te vi...
Estavam mais verdes do que os dias que te vi sorrir...
Estavam mais verdes do que os dias que te vi chorar...
Estavam mais verdes que sempre...
Estavam tão verdes, que nunca vou esquecer...
Foi seu último olhar...
No silêncio do seu olhar...
Na sua forma de olhar...
Na profundidade do seu olhar....
Que refletia tantas palavras inaudíveis,
Estava o adeus...
Um adeus tão perto, que te levou para tão longe...
A dor dói...
As lembranças são como remédios...
São como paliativos...
Porém como um placebo para algo que precisa de uma dose mais forte.
Tem momentos, como agora, que simplesmente não acredito...
Minha alma geme...
Por dentro eu grito...
E me silencio.
E por fim, vem o alento...
O consolo...
Você está nos braços do Pai Celestial...
Em meio a lágrimas...
Em meio a saudade...
Em meio o conforto do Espírito Santo...
Fica sua vivacidade...
Sua felicidade...
Sua autenticidade...
de alguém que para quem crer na vida eterna,
simplesmente não morreu.

Te amo Fátima...
Fábia braga
Enviado por Fábia braga em 14/06/2018
Reeditado em 14/06/2018
Código do texto: T6363778
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