Desconfio das aparências.

"Desconfio das aparências, das fugacidades, paixões avassaladoras, declarações velozes e gritos deslavados, conversões impensadas, do dia/noite, do rápido ajuste de contas, dos contratos entre amigos, dos atos feitos na surdina e amores escancarados. A liberdade presume a expressividade, que induz a manifestação clara e real.

Mas o verdadeiro 'estado de livre' não se alcança de uma hora/outra, mas respeitando o TEMPO de cada ser, o qual mostrará quem, de fato, superou as agruras, renunciou às oportunidades e abandonou o peso do pecar.

Este sim, digo, verdadeiramente, alcançou o 'estado de liberto', pois aboliu os próprios desejos, anulou-se contantemente a si mesmo e convenceu-se do sua escolha.Seus atos testificam sobre ele e, em vez de condená-lo, como fazem os homens entre si, o absolvem direta e completamente.

No final do caminho haverá a recompensa do plantio, como uma placa afixada: Bem-vindo, você conseguiu, não só venceu as fases do vídeo game, mas superou-se no jogo da vida. Foi mais do que a própria aparência, foi real, de verdade."