A física do amor.

A arte de amar, e a expectativa de que tudo correrá bem. O sorriso sereno, emergindo de um sentimento puro de amor. O álibi perfeio para a felicidade. Tudo são rosas. Certezas baseadas na sensação mais abstrata que alguém pode sentir: a paixão. Pare. Pense. Caminhe. Como unir um peixe acostumado a águas profundas e um pássaro voando a 300km/h em seu céu particular? E, ao perceber essa dicotomia, as certezas vão esvaindo-se em dúvidas perturbantes, intensas, angustiantes. Você agora se encontra em um labirinto. Você não sabe qual o caminho percorrer. A frustação do não alcance das expectativas te remete a um espaço sem respostas. Você agora só tem uma única certeza: qualquer caminho a ser traçado, levará apenas a um amargo deserto banhado por doces miragens. Aquela gravidade da física nunca foi tão presente. Sentir-se pesado. Asas foram cortadas, nadadeiras forjadas, coração machucado. Você não pode mais voar, tampouco embrenhar-se em liberdade. Avista-se apenas rosas brancas... e com espinhos.