Paludicistas

São parasitas, vampiros sem dentes, que se alimentam do sossego humano.

Aproveitam-se dos indefesos, atacam em grupos e em grande escala, engordando com sangue alheio e querem lá saber de como a guerra acaba.

No escuro, esse campo de batalha onde ganham visão nocturna, não somos nada. E ainda temos o calor do lado deles, a electricidade inactiva ou oscilar no processo, que os ventiladores da trincheira não sopram, a favor da doença.

Quando nos picam nos despreparo e somos transladados de bandalha às mãos dos ex(pé)cialistas, enlouquecemos os pacientes do futuro ao nos verem reduzidos à carne podre do hospitadouro.

Não se metem só nas suas vidas, intrometem-se na das populações que já mal conseguem respirar.

São armados em músicos, feiticeiros nocturnos, formam a orquestra mais irritante do planeta, não há arte alguma na merda que fazem.

Antes, porém, contribuem para a insónia de almas moribundas, que depois das águas paradas só podem esperar pelas chuvas de fim de ano. Imprósperos anos novos.

Sinceramente, o que pensou Deus a fazer os mosquitos?

Widralino
Enviado por Widralino em 14/12/2018
Código do texto: T6526555
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