Aldous Huxley e a Admirável Nova Ordem Mundial

Aldous Huxley publicou o livro “Admirável Mundo Novo” em 1932.

Nele o autor descreve um novo mundo governado por um Estado Mundial, onde tudo é programado para atender o “interesse maior” de um estado que não é totalitário no sentido de autoritarismo, mas que controla totalmente as pessoas, desde a concepção até a idade adulta.

Duas décadas após a publicação de sua obra prima, Aldous Huxley justificou os motivos que o levaram a escrever o livro “Admirável Mundo Novo”, justificativa essa que passou a ser o prefácio das edições futuras do livro.

Num trecho do prefácio, Huxley diz:

“Não há nenhuma razão, bem entendido, para que os novos totalitarismos se pareçam com os antigos. O governo por meio de cacetes e de pelotões de execução, de fomes artificiais, de detenções e deportações em massa não é somente desumano (parece que isso não inquieta muitas pessoas, actualmente); é - pode demonstrar-se - ineficaz. E numa era de técnica avançada a ineficácia é pecado contra o Espírito Santo. Um estado totalitário verdadeiramente «eficiente» será aquele em que o todo-poderoso comitê executivo dos chefes políticos e o seu exército de diretores terá o controle de uma população de escravos que será inútil constranger, pois todos eles terão amor à sua servidão. Fazer que eles a amem, tal será a tarefa, atribuída nos estados totalitários de hoje aos ministérios de propaganda, aos redatores-chefes dos jornais e aos mestres-escolas.”.

Mais à frente Huxley observa que: “O amor à servidão não pode ser estabelecido senão como resultado de uma revolução profunda, pessoal, nos espíritos e nos corpos humanos.” e para alcançar esse objetivo ele cita as seguintes providências:

- “Primeiro, uma técnica muito melhorada da sugestão, por meio do condicionamento na infância e, mais tarde, com a ajuda de drogas, tais como a escopolamina.”;

- “segundo - um conhecimento científico e perfeito das diferenças humanas que permita aos dirigentes governamentais destinar a todo o indivíduo determinado o seu lugar conveniente na hierarquia social e económica (pinos redondos em orifícios quadrados possuem tendência para ter ideias perigosas acerca do sistema social e para contaminar os outros com o seu descontentamento);”;

- “terceiro (pois a realidade, por mais utópica que seja, é uma coisa de que todos temos necessidade de nos evadir frequentemente) - um sucedâneo do álcool e de outros narcóticos, qualquer coisa que seja simultaneamente menos nociva e mais dispensadora de prazeres do que o gim ou a heroína.”.

- “Quarto (isto será um projecto a longo prazo, que exigirá, para chegar a uma conclusão satisfatória, várias gerações de controle totalitário) - um sistema eugênico perfeito, concebido de maneira a padronizar o produto humano e a facilitar, assim, a tarefa dos dirigentes.”.

Por simples observação podemos constatar que as três primeiras providências já estão em andamento há décadas, quanto ao quarto item, a manipulação genética de bilhões de seres humanos é técnica e praticamente inviável, então a partir da criação do Instituto para Pesquisa Social (Escola de Frankfurt), iniciou-se um processo de condução do pensamento nas sociedades ocidentais, principalmente, que hoje já mostra seus efeitos.

Abrindo um parênteses neste ponto, é importante se ressaltar que eventuais divergências de opiniões sobre se o Marxismo Cultural existe de fato ou se a Escola de Frankfurt teve a intenção de iniciar um processo de destruição da Cultura Ocidental, é irrelevante. O que me parece mais palpável e urgente é que alguns, ou muitos, se aproveitaram e estão aproveitando, das teorias de Karl Marx e Lênin e da filosofia do Instituto para Pesquisa Social para alterar o comportamento e conduzir centenas de milhões, ou bilhões, de indivíduos com um propósito final que pode ainda não ser perfeitamente claro para a maioria das pessoas, mas que não deixa dúvidas que faz parte do eterno jogo de dominação, presente na Humanidade desde seus primórdios.

Que digam que é mais uma teoria da conspiração mas, tudo indica que as previsões de Huxley estão se concretizando na Nova Ordem Mundial e os saltitantes “progressistas” são peças importantes nesse jogo.

Por curiosidade vamos relembrar alguns personagens do livro:

Henry Foster - Henry Ford;

Benito Hoover - Benito Mussolini e Herbert Clark Hoover (presidente dos Estados Unidos de 1929 a 1933;

Lenina Crowne - Vladimir Ilyich Ulyanov (Lenin);

Polly Trotsky - Leon Trotsky (Revolucionário bolchevique);

Bernard Marx - Karl Marx;

Darwin Bonaparte - Charles Darwin e Napoleão Bonaparte;

Sarojini Engels - Friedrich Engels;

Herbert Bakunin - Mikhail Bakunin (teórico político russo).

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 03/02/2019
Reeditado em 03/02/2019
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