Social democracia dos pobres

Os trabalhadores de classe média para baixo estão acostumados com a ideia de que vão chegar no dia do próximo pagamento sem saldo na conta corrente ou até devendo o cheque especial.

Para os ricos, ao contrário, a possibilidade de faltar dinheiro para manter seu luxo e/ou aumentar seu patrimônio é impensável. Eles sempre usarão todos os meios ao seu alcance para que isso não aconteça e, em último caso, poderão até mudar de país levando sua fortuna junto.

Os partidários da social democracia no Brasil, sonham com uma sociedade pajeada por um Estado sustentado pelos ricos. Pelo menos é isso que apregoam, não sei se por fingimento ou inocência. Por isso, reivindicam a taxação de grandes fortunas, por exemplo.

Os ricos nunca concordarão em manter o conforto de alguém que não seja eles próprios.

Portanto, a pretensa social democracia brasileira continuará a ser mantida pelos trabalhadores de salário mínimo e pela classe média baixa. E com o agravante de que a nossa “social democracia” é um prato cheio principalmente para os que recebem gordos vencimentos do Estado.

A Sociedade brasileira, leia-se os pobres, já tem um compromisso insolvível que é a dívida pública e seus juros que absorvem os recursos que deveriam ser usados para investimentos.

Grande parte desse problema é justamente decorrente da euforia que houve num curto período de vacas gordas que antecedeu a crise de 2008.

Tal como ocorreu na Venezuela de Hugo Chávez com o petróleo, o cenário internacional favorável ao crescimento de nossa economia, fez com que os governos perdulários Lula/Dilma acreditassem que poderiam implantar no país um perpetuum mobile paradisíaco.

Por mais absurdo que possa ser, nós cidadãos comuns estamos sendo economicamente chicoteados desde os últimos anos dos governos militares e não aprendemos qual é o melhor caminho rumo a estabilidade e vida digna.

Os voos de galinha como ocorreram no período dos governos militares e no governo Lula, não nos interessam, temos que ter conforto que possa ser constante de geração a geração. Ter fartura num dia e passar fome no outro não é digno.

Milhões de eleitores ainda continuam insistindo na repetição de medidas que não deram certo não só aqui como em outros países.

Pobreza não pode gerar riqueza. Pobreza só gera pobreza. E nossa pobreza passou dos 3 trilhões de Reais.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 05/05/2019
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