VIDA!

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Na contra mão da vida
Alimentamos nossos sonhos
Subimos bem alto
Voando no espaço
Distantes de tudo
Sem nada nas mãos!
 
Aí vem a realidade
Nua e crua,
Como ela normalmente é
Regendo esse mundo
Que sempre nos quer fraco
Dependente e amigado ao fracasso!

De uma hora para outra
Nos lança, sem dó...
Num rasante atroz e desgovernado
E sem mais, sem menos
Não mais que de repente
Estamos nós mergulhando
Verticalmente pro nada
Direto para baixo
No limite do chão!
 
Só que ‘ela’, a vida
A minha, a sua, a de todos
É assim, uma sucessão agruras
Ceifadora de planos
Carrasca de si própria
E de nossos insólitos sonhos!

Destilando a todo momento
Um cálice de venêno, cheio de amarguras
Querendo e muitas vezes conseguindo
Nos fazer beber a seco,
...garganta abaixo!
 
...querendo nos abater
E cancelando nossos projetos
Que se não tiverem raízes profundas
...não forem estes concretos
Não se munirem de certezas
Nunca se tornarão realidades
E vejam só essa tal de “VIDA”
A força que ela tem...!