NOMENCLATURA

NOMENCLATURA

A paisagem aérea de uma cidade, recebe a conotação de um mar de concreto, descaracterizando seu real aspecto ao extrair a sua identidade, onde ao observa-la, nota-se uma semelhança que mais se aproxima a uma floresta, cujos jequitibás foram transformados em residências humanas, no interior das grandes árvores, que agora sem os galhos que abrigavam o pássaros, tiveram os seus troncos tomados e suas seivas desidratadas, para dar lugar as tubulações de esgoto, que jorram diuturnamente, o excremento nesta terra que outrora o nutria com amor.

O viu morrer para receber o que deste não vem, mas dos que o tornaram em um inerte predador, que não devora suas presas, mas derrama o seu mal trazendo a calamidade.

Este mesmo que o faz com o auxílio de seus tubos que tornam imperceptíveis suas imundícies, faz também questão de sobre o solo, deitar seus restos plásticos e papéis, ferros, vidros e desafetos, como se não bastassem os seus rejeitos, juntamente com seus panfletos que espalham entre a população, para que se conscientize, se tornam reféns deste e de muitos outros que se tornam restos, que sem pudor são jogados ao chão, para em seguida por a culpa nas autoridades, das enchentes que a população faz nascer de grão em grão, sem pensar nas consequências daquele pequenino plástico de bala que será somado a tantos outros objetos de todos os tamanhos e formas, que levarão juntamente com as águas seus carros e bens ao entras em suas casas.

“ Rios, mares e açudes imundos, não se culpem pelo odor do absurdo que derramam em seus leitos e margens sem dó, estes seres tão pequenos e cruéis, que os que os atacam como em grupos de guerra, voltarão não a ti mas a Terra que um dia puderam pisar, e que em sua força prevalecerá quando a voz que a criou ressoar, e o que por sua vontade despertar. “

Não obstante está a vida marinha, que em toda sua fauna e flora implora por Socorro ao ver se não pela caça ou predatória pesca, revolvidas suas areias atrás de seus bens. Estes seres da superfície, quando mesmo nas profundezas não encontram o que querem, perfuram com suas máquinas, aquilo que com suas máquinas detectam e vão buscar.

Mas como é inteligente e tão ininteligente essa gente, que faz de seus subsídios indigentes e restos mortais, para em paz ou sem ela se deitar, não sendo capaz de reciclar.

Aos que meramente sabem, mera releitura, aos que vivenciam, a realidade da revitalização do ambiente e seus recursos esgotáveis, vida e força lhes sejam prolongadas. Aos que se quer em meio aos seus dolos, nenhuma questão fazem de compreender o espaço onde se dá sua existência, os pêsames por estarem mortos dentro de si, apenas conduzindo uma máquina de consumo e destruição em massa, que lhe foi dada para gerar vida e dela cuidar.

Os nomes dados, ao que por este ser não foi criado, mas por suas mão transformado, jamais subsistirão a criação e a sua real intensão. O que é água permanece a água, o que é terra permanece chão.

Tito Trugilho, 14 de agosto de 2019

Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 14/08/2019
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