PARADOXO DA EXPECTATIVA

A quem diga: encha seu peito de desejo e a força do universo irá ajudá-lo a realizar.

Os mais otimistas irão dizer que o desejo já foi realizado, apenas aguardando o momento certo para receber. Como uma encomenda pelos correios.

Como viver o hoje, sem a expectativa que aquele sonho já foi realizado, ou o desejo ainda está pra se realizar? Como evitar a decepção se a expectativa já foi internalizada dentro do ser. Como trabalhar a realidade com o desejo daquilo que tanto se busca.

De que maneira vivenciar a expectativa sem ocasionar a dor?

Alguns irão dizer: Vivamos o hoje! Sem esperar nada do amanhã.

E como viver o hoje nos seus emaranhados desejos, sem a expectativa de que irá dá certo!

Projetamos o nosso futuro, criando expectativas e quando algo não ocorre como foi desejado surge a velha frase: ¬ Colocastes expectativas demais em seus sonhos ou no outro, isso ocasionou a dor em ti! Mas, a expectativa não é justamente a vibração emanada ao universo? Uma espera que aquilo que foi pedido com tanta vontade chegará? Ou foi extraviado pelo meio do caminho?

Como balizar a insegurança e a expectativa? Existe uma forma de equilibrar essa balança? A consciência de que nem tudo que queremos nos é permitido, seria uma forma? E quando se trata de desejos que vai além das nossas vontades? Como o amor, que não depende apenas de nós. Como se preencher de algo que nem sequer temos a certeza de que será concedido? Criar ou não criar?

No fundo a expectativa é um paradoxo em que a probabilidade da dor está mais acentuada do que a realidade do sonho realizado.