Se todas as manhãs ao acordar e tomasse nosso café e lembrássemos-nos do espetáculo horroroso que se impõe aos animais para que comamos nosso pão com presunto, ou no almoço o guisado de carne de panela, lagarto assado, ou no  churrasco de domingo quando comemos com muito gosto e satisfação aquele pedaço de carne suculento ao ponto ou sangrando, sem estar nem ai que esse taco de carne fez parte de um organismo vivo, seja ele uma galinha, um boi ou um carneiro. Todos sacrificados para o nosso bel prazer. Mas o sacrifício em si é o ato final, o fim do sofrimento o pior são as condições em que estes seres sensilientes são submetidos nas fazendas de criação, separados mãe de filhos, engordados artificialmente, submetidos a todo tipo de experimentos que visam à produtividade através de melhoramentos genéticos, inseminação artificial, suas vidas cada vez mais são encurtadas e suas condições de existência são as piores, para o historiador Yuval Noah Harari (Homo Sapiens, 2011) as espécies que triunfaram depois do extermínio de tantas outras levadas a cabo pelo homo sapiens, as que sobreviveram e se multiplicaram devido à domesticação, como bovinos, caprinos, muares e aves como o frango, foram as que mais sofreram a ação cruel do homem no sentido de lhe causar sofrimentos para que cada vez mais esses seres num menor espaço de tempo transformem-se em matérias primas orgânicas para oferecer energia diária a bilhões de seres humanos sedentos por comida. Para a Segunda Lei da Termodinâmica que trata da entropia toda energia gerada é proporcional a perda dessa energia que vem acompanhada da degradação. Não é á toa que para abastecermos o mundo com soja e proteína animal estamos a destruir o nosso tênue sistema ecológico e humano. A destruição da floresta para a criação de gado e plantação de soja tem colocado abaixo nosso bem mais precioso, aquilo que nos diferencia de todas as outras nações, aquilo que é o centro das preocupações do mundo, a Amazônia é  para nossos toscos governantes  uma reles periferia, uma zona aberta a certa visão de progresso equivocado onde governos sucessivos a tratam com descaso e desrespeito. Pensar essas coisas não é criar uma má consciência introjetar uma culpa coletiva, mas de refletir sobre o nosso destino no planeta e porque não os destinos dos animais que aqui convivem com nós, e ao mesmo tempo, refletir sobre a necessidade de um consumo responsável e sustentável. Não há como abrir mão nesse momento nem da proteína vegetal nem da proteína animal, mas mesmo que seja contraditória essa afirmação diante do exposto, faz-se mister tratar com dignidade os animais desde a sua criação até o seu abate. E ações nesse sentido já tem sido realizadas em pequena escala, mas a tendência é cada vez mais tornar-se um padrão comum. Do mesmo modo que hoje há protocolos severos quanto à certificação da origem de produtos de origem animal e vegetal por parte de governos, o próprio consumidor elo final das cadeias produtivas tem se conscientizado da necessidade de exigir dos governos ações afirmativas no que se refere à dignidade dos animais criados para consumo, como também a produção sustentável de produtos de origem vegetal. O triste é saber que o atual governo tem trabalhado  sistematicamente para tornar os alimentos produzidos em larga escala em fontes não de alimentação mas de veneno, com a liberação de inúmeros agrotóxicos, muitos deles proibidos nos países  onde ficam a sede das multinacionais que controlam a produção de sementes e insumos agrícolas como a Monsanto que tem sede nos EUA o país mais admirado por Bozo.  
 
Labareda
Enviado por Labareda em 08/10/2019
Reeditado em 13/10/2019
Código do texto: T6764260
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