ONDE ESTÃO OS ALGORITMOS?

Está escrito que somos a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26)), cujo sentido foi invertido pela Humanidade arrogante, que na realidade considera Deus semelhante aos homens. Mas, independentemente dessa concepção, onde estaria essa semelhança, e onde haveria a oposição a ela, que subverte o seu sentido original, suscitando, entre outras, a permanente indagação sobre a origem do mal, cujo uso desse atributo os materialistas se apressam a atribuir a Deus. Agostinho [354-430 d.C.] o extraordinário Pensador, não conseguiu idealizar a origem do mal porque não encontrou os algoritmos, mas acolheu essa ignorância sem que as suas convicções religiosas fossem afetadas. Talvez, se ele tivesse se libertado da denominação teológica que o manietava, ele teria encontrado o caminho dos algoritmos, orientado pessoalmente pelo Mestre verdadeiro.

A semelhança com Deus está na presença do Pai, a Energia Centrípeta, em nosso Cérebro; a presença do Filho, a Energia Centrífuga, em nosso Coração, e a presença do Espírito Santo, a Energia Rotativa, em nossos Pulmões, todos Eles refletidos, respectivamente: no comando geral para o Bem, nos sentimentos de Amor, e na força ou Alento para a vida, que em conjunto, movem as pessoas em todas as suas atividades, no entanto, só alcançando a adesão para os seus desígnios, de apenas 33,3% [um terço] da Humanidade. (Zacarias 13:8,9 e Ezequiel 5:2,12)

Disputando as nossas preferências, o nosso inimigo número um, Lúcifer, aloja-se também no cérebro, na genitália e no estômago, sempre procurando desviá-los das suas finalidades reais, respectivamente, no comando para o mal, na prostituição generalizada e nos apetites materialistas, e isso tudo ele consegue fazer com que prevaleça em 66,6% [dois terços] da Humanidade, (Apocalipse 13:18) numa proporção de dois por um, em todo o conjunto, o que nos esclarece a inequívoca origem do mal, e porque a Humanidade não consegue se desvencilhar do caos que ela criou, onde está mergulhado o nosso Planeta, e também, porque prevalece o mal, que se reflete em toda a história da Humanidade.

Com efeito, podemos compreender que tudo está dentro de nós mesmos, pois tudo faz parte da nossa natureza. Então, podemos compreender também, que numa amplitude muito maior, no total, tudo ou todas as equações, se encontram dentro da natureza de Deus, inclusive nós. A maior diferença, é que Deus fez a opção pelo Bem e incumbiu o seu Filho de executar a limpeza e purificação da mega contaminação provocada pelo Lúcifer insubordinado (Judas 1:6), enquanto que os dois terços da Humanidade sucumbiram aos apelos de Lúcifer e optaram pela orientação do Mal, com todos os seus ingredientes e desdobramentos.

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Lúcifer, o Príncipe deposto, entre uma infinidade de perversões, conseguiu também organizar grandes redes de [supermercados da fé], através de uma parte de seus representantes na terra, os sofistas, que idealizaram a teologia, os quais com muita habilidade e astúcia, acumularam imensas riquezas materiais e poder político, à custa da violência inicial e do hábil sofisma posterior, obrigando e iludindo, alternadamente, grandes multidões de humildes e subnutridas ovelhas, que forçadas ou mesmo inconscientes, contribuíram e continuam contribuindo para a consolidação do seu imenso poderio financeiro e político.

Os Profetas primitivos, para fugir dos castigos e da morte, que lhes impunham os sacerdotes, os escribas e fariseus, e também para enganar Lúcifer, idealizaram fábulas e genealogias, assim como metáforas e parábolas, cujo sentido real somente se torna acessível aos ungidos, e disso se aproveitaram os sofistas, para a concretização das ilusões das suas ovelhas. A favorita dos sofistas é a fábula da família humana de Cristo, o que lhes possibilitou criar a deusa Diana dos efésios, ou a Ártemis dos gregos, ou a que [apareceu] no México, Brasil, França e em Portugal, [privilegiando] convenientemente as crenças e superstições desses povos, como uma [injustiça] para com os demais povos da terra, caso fosse verdadeira a sua conveniente criação.

Vejamos o que diz o maior Teósofo da face da terra, Jacob Boehme (1575-1624) a respeito da virgem, em seu livro [Os Três Princípios da Essência Divina].

“No entanto, para que os filhos da pobre Eva fossem socorridos, era preciso que viesse outra Virgem, e que ela nos engendrasse um Filho, que então fosse Deus conosco e Deus em nós”. No momento da queda, a Palavra de Deus Pai [e na Palavra a Luz] entrou, através do Espírito Santo, no elemento santo, na casta Virgem da Sabedoria de Deus, (Sofia) e fez um pacto precioso de tornar-se uma criatura nessa Virgem, de arrancar do demônio sua força na cólera e de quebrar o reino dele. Esse Cristo quis lançar-se na humanidade perdida e, com sua entrada na morte, separar de nós o colérico Inferno e o reino deste mundo. Deus Pai, imediatamente após a queda, manifestou no jardim do Éden essa Palavra da promessa da semente da mulher. Ali o Cristo imediatamente se entregou [na aliança eterna] no centrum da luz da vida. Com isso, ele separa da cólera de Deus e do reino deste mundo todas as almas humanas que se aproximam dele e a ele se entregam [no momento da morte de seus corpos], e os introduz no elemento puro do Paraíso, na casta e pura Virgem [Sofia], para ali esperarem, numa grande doçura, até que Deus quebre o reino deste mundo, com as estrelas e os elementos. Então, o elemento puro instantaneamente se porá no lugar da extra-geração, e ali o novo corpo deve crescer e se elevar na alma, no elemento santo [que está] diante de Deus, pela eternidade. Se quisermos agora considerar sua preciosa encarnação, devemos abrir bem os olhos do nosso espírito e não pensar tão terrenamente como atualmente se faz em Babel. Devemos considerar bem, como Deus tornou-se homem; pois as Escrituras dizem que ele foi concebido sem pecado e engendrado de uma virgem pura. Querida mente, pensa que espécie de virgem era: pois tudo o que é nascido da carne e do sangue deste mundo é impuro, e nenhuma virgem pura pode ser engendrada deste sangue e desta carne de corrupção. A queda de Adão quebrou tudo: tudo está sob o pecado e nenhuma virgem pura é engendrada da semente do homem. E, no entanto, esse Cristo foi concebido sem pecado e engendrado de uma Virgem pura. Aqui, os eruditos das escolas deste mundo se calam, e o aluno nascido de Deus avança para ensinar sobre esse nascimento. [Pois o espírito deste mundo não conhece [ou sabe] nada, além disso]. [Para ele, isso é uma loucura, e se ele vai mais longe, então está apenas em Babel, em sua própria razão].

Afinal, como todos sabemos, e não há como não saber, não existe nenhum ser humano imaculado. Não obstante, uma associação das fábulas e genealogias com grandes interesses comerciais, promoveu a misteriosa aparição de uma imagem imaculada, fabricada pelas mãos do homem, a [Rainha dos Céus] indicada em Jeremias 7;17,18 e 44;17 a 19,25, ou a Diana dos efésios em Atos 19;23 a 35, que colocou Cristo em segundo plano, e sob uma grande variedade de nomes, foi homenageada com muitos templos espalhados pelo mundo, onde se reúnem as “ovelhas” humildes e subnutridas no espírito. Enquanto isso, a verdadeira Mãe de Jesus Cristo, que nunca existiu em carne e osso, e apesar de ser manifestada no Livro Cântico dos Cânticos, e de se manifestar em Eclesiástico 24;1 a 51, [Eu sou a Mãe do Amor Formoso - Eclesiástico 24;24], e que se chama Sofia, continua esquecida dos homens, os quais possuem bastante conhecimento racional, mas muito pouca Sabedoria Espiritual, o que se observa com toda nitidez na história da Humanidade, que muito nos envergonha.

Assim, como vimos que a verdadeira Mãe de Cristo é a Sabedoria de Deus, [Sofia], que se encontra na Teosofia [sabedoria divina], vejamos como realmente nasceu espiritualmente, e renasce constantemente o Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em certo momento da evolução espiritual, no que nos diz respeito, como efeito da Segunda Aliança, (a Graça) passa a ocorrer, progressivamente, a impressão das leis divinas na mente e no coração dos homens, concedendo-lhes e ampliando o discernimento espiritual mais profundo, como uma característica específica do novo nascimento, pois o homem, antes de nascer de novo, está morto espiritualmente. Mas quando a Promessa “... na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei...” é cumprida, ocorre, simultaneamente, o nascimento de Cristo e o novo nascimento do homem (Efésios 2:4a6), que então passa a viver no Espírito de Deus. O cumprimento da Promessa é a concretização da Nova Aliança, quando então Cristo ressuscita dentre os mortos [que somos nós], nos quais Ele também estava morto. Portanto, a maior e a mais importante de todas as bênçãos para o Ser Humano é o novo nascimento, quando ele é transferido do Ministério de Moisés, [da Lei], para o Ministério de Cristo, [da Graça]. Quando isso acontece, uma profunda mudança passa a se desenvolver no agraciado Cristão, conforme os dons espirituais que lhe forem conferidos. Além disso, o novo nascimento (João 3;3 a 5) é o [passaporte] para passar pelo [corredor] que separa as águas do [Mar Vermelho], rumo à entrada na [Terra Prometida], onde a Lei não entra, assim como o próprio Moisés, símbolo da Lei, não entrou (Deuteronômio 34;1a 6), pois a salvação está exclusivamente na Graça.

A evolução espiritual, para um grande rebanho de ovelhas, ficou e está estagnada há mais de dois mil anos! Seria uma utopia imaginar que ela venha a se reativar a partir de algum momento, em um novo Pentecostes? Já imaginaram quantas instituições comerciais que infestam como uma praga o nosso Planeta, seriam então desmascaradas? No momento adequado, certamente desabará esse castelo de cartas. Quem viver, verá.

Ai de vocês, doutores da lei e fariseus hipócritas! Vocês fecham o Reino do Céu para os homens. Nem vocês entram, nem deixam entrar aqueles que desejam. Ai de vocês doutores da lei e fariseus hipócritas! Vocês exploram as viúvas, e roubam suas casas e, para disfarçar, fazem longas orações! Por isso, vocês vão receber uma condenação mais severa. Ai de vocês, doutores da lei e fariseus hipócritas! Vocês percorrem o mar e a terra para converter alguém, e quando conseguem, o torna merecedor do inferno duas vezes mais do que vocês. (Mateus 23:13 a 15)

Para completar a desintegração das ilusões forjadas pelos mercadores da fé, devemos observar que a justiça, um atributo intrínseco, imanente, integrante da essencialidade de Deus, que de forma irrefutável se manifesta em Cristo, veiculada pelo Espírito Santo, não pode de forma alguma, ausentar-se da percepção humana, o que representaria a falência moral do próprio Deus! Então, como explicar também que Jesus Cristo, em carne e osso, nasceu e viveu por trinta e três anos, privilegiando apenas uma pequena parcela da Humanidade com a qual conviveu, ministrando pessoalmente os seus conhecimentos de Deus e realizando milagres para aquelas pequenas comunidades? Isso não seria uma grande injustiça para com todo o resto da Humanidade e para com as gerações que se sucederam? Por que apenas alguns poucos tiveram o privilégio de conviver com o Cristo de carne e osso, e muitos bilhões são obrigados a acreditar ou não na fábula idealizada? Injusto não é mesmo? Com a palavra os hábeis sofistas, os exímios prestidigitadores das palavras.

O crescimento no espírito e a ampliação da compreensão espiritual não estão disponíveis no conforto das planícies. O Palácio onde reside a Virgem Sophia fica na mais alta e majestosa montanha, cujo acesso é exclusivo para os intrépidos alpinistas. Sem o contato com Sofia, conduzida pelo Espírito Santo, este texto está criptografado e escrito em [Esperanto], uma língua unificada e de uso extremamente restrito. Além disso, os algoritmos que constituem o ordenamento do arcabouço espiritual estão em poder de Jesus Cristo, que os exibe através do Espírito Santo, o qual sempre se apresenta acompanhado da sua Auxiliadora, a imaculada Virgem Sofia, que traz a resplandecente caixinha dos algoritmos nas suas mãos!

Ainda tenho muito que vos dizer, mas não podeis suportá-lo agora. Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá a toda a verdade. E não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, pois receberá do que é meu, e o anunciará a vós. (João 16:12 a 14)

O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são absurdas; e não pode entendê-las, porque se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém. (I Coríntios 2:14,15)

E quanto a vós, a unção que dele recebestes mantém-se em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Mas, a unção que dele vem é verdadeira, não é mentira, e vos ensina a respeito de todas as coisas; permanecei nele assim como ela vos ensinou. (I João 2:27)

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 02/11/2019
Código do texto: T6785526
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