Uma das incongruências do Socialismo

O Socialismo denuncia o Capitalismo por oprimir os povos através da Burguesia, a detentora do Capital.

É fato que o dinheiro, ou capital, é um instrumento de opressão e dominação.

Mas o Socialismo isola a responsabilidade do homem de suas más ações ao ressaltar a figura do Capitalismo como se fosse uma entidade demoníaca que age independente da vontade humana.

Qual seria o propósito de se colocar o Capitalismo e seu braço executor, a Burguesia, em primeiro plano e o homem muito no fundo do cenário?

Seria que, se fosse o contrário, colocando o homem como único responsável pelas mazelas do mundo, o Socialismo teria que reconhecer que, sendo o condutor das atividades do Estado e tendo todo o seu poder nas mãos, o homem inevitavelmente se aproveitará dessa situação para oprimir até de forma mais violenta a população?

O Estado é tido como protetor do povo, mas quem sempre fez e faz guerras, são os Estados e não os povos.

O Estado usa as ideologias para dar legitimidade às suas ações, inclusive guerras, que criam a situação em que todos os princípios legais e morais são violados e levam os indivíduos a cometerem atos que quase sempre contrariam seus princípios morais e religiosos, principalmente o ato de matar um semelhante.

Mas quem está por trás dessas ações? Ninguém pode negar que é o HOMEM.

Então, pregando o princípio de que o Estado é protetor do Povo, o Socialismo entrega ao HOMEM por trás do Estado, o Capital que ele retira da Burguesia e com ele todo o poder para que aquele oprima as pessoas que deveria proteger.

Deixando as paixões de lado por um instante apenas, quem pode afirmar com segurança que o “homem socialista” será sempre mais humano do que “homem capitalista”?

Ou será que esse “homem socialista” não existe e sim uma entidade santificada chamada Socialismo que opera através de uma instituição purificada chamada Estado?

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 04/01/2020
Reeditado em 04/01/2020
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