De repente
De repente viajo no mundo,
viajo no instante, caminhante!
Ando sem sentido,
sem rumo.
De repente falta animo,
falta coragem, na bagagem!
Surge um bloqueio, num meio.
Sem preparo um devaneio.
Invólucro sentimento de dor
de temor, de louvor.
Despenca às vezes numa solidão
de sonhos, vividos!
Começo na imaginação da vida
ida, sofrida, sentida, perdida!
Flui em mim a vontade de viver
inda que difícil, árdua, mais vive!
Tropeço, mais não cai.
Fico triste, mais um sorriso surge.
Penso longe, mesmo que não alcance,
junto de tudo este motivo, “Viver”.
Francisco Amorim
10/10/2007