Peço desculpas a ti,
Por a algum tempo não estar mais aqui.
Por estar cheia de ocupações
E assim o texto não consegue sair.

Sei que também preciso a mim,
Desculpas pedir,
Pois nesta roda viva,
O texto em mim palpita
E exige não ser abandonado
Pois quer o escreva,
Ainda que de madrugada ou feriado. 

E assim, vivendo vou
Alcançando voos,
Estações, galáxias,
Por lugares conhecidos 
E por outros não dantes navegados.

E nesta (talvez) inexorável cobrança
Vem o tempo,
Tal como uma pipa, 
Dando voltas,
Com subidas e descidas,

O qual diz,
Estou aqui, sou limitado,
Quais suas escolhas,
Qual seu projeto de vida? 

E não adianta dizer palavras bonitas,
Pois pode até aos outros enganar,
Mas a Deus nada escapa
E a sua consciência vai te questionar.
Isso? Isso que queres?
Lembre que há prioridades,
Tudo na carne passa,
Qual tempo tens dado ao que é Eterno?