ATÉ AMANHÂ





       Um turbilhão de vozes às vezes me atormeta e me rouba o sono, como se uma multidão falando o mesmo tema e ao mesmo tempo... É como se quisessem de alguma forma, que eu os revelasse ao mundo.
         Ora, se a palavra está aí para ser usada de todas as formas e por quem souber fazer dela seu porta voz, por que eu teria que ser esse intérprete?     Mas eu também, não tenho essa resposta, se algumas vezes, ela, a palavra está distante de mim!
       Preciso às vezes, ligar a luz da isnpiração e lhe pedir ajuda, ou não terei como atender a todos os que se sentem incapazes de falar por si mesmo.
       A palavra é uma ferramenta que nem sempre está a disposição daqueles que precisam dela para se comunicarem, seja por qual razão. Sendo assim, elegem de alguma forma, alguém que tenha o dom e esperam que conhecendo as letrinhas e formando frases, possam transformar-se em porta-voz. Mas por que eu?
      Neste momento, faltam-me palavras para responder a esta indagação, então silencio e peço licença à multidão para reencontrar o sono.
ATÉ AMANHÃ.