Casa da servidão

Noite linda

O sereno perdido tocando em tudo

Vento frio avoaçando meus cabelos

Ponho a cara na vida

Noite comprida

Que espera ansiosa para amanhecer

Demora

Mas fechando os olhos percebemos os primeiros raios em pouco tempo

Ansiosa pelos primeiros sinais de luz

Olho pelas brechas do telhado

Que estão acesas parecendo vagalumes

E o meu quarto em trevas medonha

Não temo mais a nada

Aprendi a amar tudo isso

É o que de fato sempre me pertenceu

E o tempo todo estava reservado para mim

Sigo contando as horas

Indiferente tenho pensado que luz e trevas levam ao mesmo lugar.

E eu juro por essas horas que são

Jamais colherei o que está no chão

Jamais voltarei a casa da servidão.

Esmeralda V
Enviado por Esmeralda V em 10/11/2020
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