POR QUE EU?

POR QUE EU?

Entramos em constantes fiascos ao longo da nossa vida e da vida dos outros. Nos perguntamos o que temos feito para merecer tal infortúnio, pois, não encontramos respostas lógicas em nosso dia-a-dia explicando como tudo a nossa volta acontece; encaramos as situações como verdadeiras aberrações indignas a nossa pessoa por não nos considerarmos tão más a ponto de sermos vilões de qualquer história cheia de altos e baixos e de momentos ruins. Nessa hora chamamos por Deus e questionamos em tom imperativo: Deus, o que fiz para merecer tudo isso? Tenha pena de mim! Não suporto tanto sacrilégio em minha volta, me jogando para tantos caminhos espinhentos!

Não achamos respostas para os problemas, pelo simples fato de elas não existirem como a imaginamos, há toda uma disposição de revisão desses problemas o que obriga o homem olhar para dentro de si; olhar para o seu espelho de cabeça erguida e, muitos não conseguem erguer a destra de tão amargos e infelizes que se encontram, desfrutando de uma solidão de si mesmo. Essa solidão faz-se companheira inseparável isolando-o da convivência onde é possível dividir dores, tornando-as amenas em contato com outras bem maiores que as suas.

A maneira como encaramos as situações, geralmente, procedemos assim: nos momentos ruins nos lamentamos, choramos, pedimos colo e perguntamos: por que eu? Nunca nos resguardamos pelas bênçãos que nos consolam, há uma euforia generalizada, o que é humanamente aceitável, nos levando ao píncaro do mundo e nos tornando únicos. Esquecemos dos tantos anônimos contribuintes de tal situação, porque nada acontece só e por acaso, as duas humanidades não param de trabalhar para o progresso dos endividados, algumas vezes aprendemos a lição em outras nem percebemos quanto nos foi ofertado por pura generosidade e amor.