SEM CHÃO
Quando surge o novo dia
O interesse é comercial
Não desses de “TV”,
Mas os que geram capital
Assim vejo as pessoas
Caminhando sem seu chão
Olhando só um aparelho
Que não sai de sua mão.
Sem olhar pro lado,
O irmão que passa fome
Esse até já vê o chão,
Mas sem boa sensação.
Não vejo mais os novos tempos,
Sem os jogos, sem enganos
E sem aqueles velhos templos
Dos romances mais profanos.
O caminhante vago segue o rumo deslumbrado
Pensar que a vida é eterna até parece confortável.
Mas meu amigo, bem sincero,
Não se deixe enganar
Uma vida é um toque, sem tempo pra lamentar
Não sejamos pessimistas, nem tão pouco iludidos
Só não sigamos o caminho dos que vivem escondidos.