Convença a si mesmo

Quando alguém numa conversa comigo ou com outra pessoa solta em forma de defesa: "eu sou incrível, eu sou demais". Logo me vem a mente: "Você tem razão. Pena que você ainda não acredita nisso".

A Primeira Ministra inglesa Margaret Thacher disse uma vez que se você precisa dizer que você é uma Dama é porque você não o é. O que naturalmente é apenas uma metáfora, que não deve ser levada ao pé da letra. Mas que vale muito a pena ser analisada.

Se eu preciso dizer a uma dama que sou um cavalheiro, talvez eu não a tenha convencido através de meus atos. É interessante que eu analise isso e trabalhe melhor minha linguagem não verbal, meu comportamento.

Mas o que penso ser ainda mais importante é refletir sobre o porquê da necessidade atual de se pronunciar essa verdade. Somos todos potencialmente incríveis e podemos todos sermos dignos e merecedores de respeito.

No entanto, caso você se trate com todo amor que merece, com externo carinho, vai respeitar as pessoas automaticamente. E, acima de tudo, vai ter o respeito das pessoas que são de boa índole. As únicas com as quais você deve se preocupar em ter por perto.

É muito natural que as críticas ou aquilo que supomos ser uma nos abale momentaneamente. Porque ainda estamos em construção. Na verdade ninguém se ama ainda extremamente. Mais uma vez é uma figura de linguagem para nos chamar a atenção.

O que não significa que ainda não sejamos capazes de nos amar e nos respeitar o suficiente a ponto de trabalhar mais e mais nosso interior de forma que não precisamos mendigar afeto e respeito.

Conveçamos a nós mesmos, sem confundir esse trabalho com cultivo de arrogância, que somos especiais, que somos deuses, mas ainda desabrochando todo nosso potencial. E, portanto, sujeito a errar até aprendermos a acertar. E não vamos querer mais perder tempo convencendo a ninguém.