Frio na praça

A vida fragilizada

O frio gela na alma

E a noite nessa praça

O vento exige calma

Sigo rangendo dentes

Os poucos que restaram

Corajoso mas nem sempre

O frio me deixa estático

Morador de rua sofre

Eu abraço meu cachorro

O frio está muito forte

Se eu não me esquentar morro

Aqui um colega morreu

Não aguentou esse frio

Ainda bem que não foi eu

Coitado não resistiu

A madrugada foi ingrata

Não controlei a emoção

Esse vento chega e rasga

E dilacera o coração.

Um poeta e só
Enviado por Um poeta e só em 18/05/2022
Código do texto: T7518782
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