MARTINHO LUTERO- Reformador Protestante


Há três assuntos cujas discussões invariavelmente podem terminar em bate-boca: futebol, política e religião. Os gostos pessoais de cada indivíduo tendem a falar mais alto que o bom senso e dificilmente uma pessoa que leva esses temas a sério dá o braço a torcer.

Nem mesmo o peso da arte e da diversão tendem a abafar esses valores. Quando transportados para o cinema, por exemplo, viram alvo de disputa, como em Fahrenheit 11 de Setembro e Paixão de Cristo.

Pois eis que chega às telas mais um filme de caráter religioso. Lutero (Luther, 2003), de Eric Till, conta a história do alemão Martinho Lutero que mudou não só a história de seu país como também a do cristianismo e do mundo. Quando começou a colocar em dúvida alguns dogmas da igreja no século 16, principalmente a venda de indulgências, o teólogo acabou liderando a criação do protestantismo e ajudando o movimento Reformista. E, ao traduzir o Novo Testamento, ele colaborou também na fundamentação da língua alemã. Até aquele momento, a Bíblia só existia em latim, dominado apenas pelos católicos e por alguns membros da nobreza. Com essa primeira tradução, o livro sagrado finalmente se tornava acessível ao povo, que poderia ler e interpretar as palavras de Cristo por si próprio, sem a influência direta e tendenciosa dos eclesiásticos.

Impulsionado por um orçamento estimado de 21 milhões de euros, o diretor pôde reunir um ótimo elenco. Joseph Fiennes (Shakespeare apaixonado) é Lutero; Alfred Molina (Homem-Aranha 2) empresta seu talento ao cobrador de indulgências Johann Tetzel; Bruno Ganz faz o reverendo Johann von Staupitz, pai espiritual de Lutero; Peter Ustinov interpreta o príncipe Frederico o sábio... e a lista vai longe.

Assim como acontece a todo os atores e seus personagens, Fiennes alterna ótimos momentos com outros sem expressão. Os debates que acontecem na cabeça de Lutero são bastante interessantes e até assustadores. Porém, há também cenas completamente sem sentido, como as que mostram sua relação com Katerina von Borg (Claire Cox), ou então extremamente piegas, como seus encontros com uma camponesa e sua filha aleijada. O excesso de personagens e a falta de habilidade do cineasta em manter o ritmo atrapalham e podem confundir.

Se cenários, figurinos e maquiagem estão bastante convincentes, a fotografia limpa torna o produto bastante parecido com filmes feitos para a TV. Mas o maior problema é mesmo a falta de um roteiro que consiga unir melhor a vida de Lutero e os fatos históricos de forma mais harmoniosa. Sei que tentar contar toda a obra e vida de uma pessoa em duas horas é sempre complicado, mas há, nessa história, alguns pulos na linha temporal que atrapalham o bom andamento do enredo.

Mas nem todos vão concordar com isso. Na Alemanha, onde a comunidade luterana é, por motivos óbvios, muito grande, o filme foi muito bem recebido. E assim voltamos ao tema colocado lá em cima. E como preferimos um final feliz a uma briga com os seguidores do monge alemão, deixamos a decisão de ver ou não o filme na sua mão.
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