Bebês do mundo

Ontem, eu estava assisitindo um documentario num canal por assinatura sobre os nascimentos de bebês pelo mundo.

Diferenças locais, culturais, religiosas, financeiras fizeram a diferença no nascimento das sete crianças nascidas no programa.

Estados Unidos, uma mãe solteira de gêmeos.

Em Belfast, Irlanda, um casal com incompatibilidades sanguineas, e um filho maravilhoso. Por causa da maldita guerra entre católicos e protestantes, nenhum familiar foi visitá-los no hospital.

Na Argentina, parecia que cada um da familia estava deitado na maca para ter a criança... pode falar dos argentinos, mas admiro muito seu conceito de família.

Na África, uma mulher em um hospital decadente, teve uma filha por indução química, pois não nasceria de outro modo. Final das contas, a frase dela ficou gravada: "entra como banana e sai como abacaxi"... quer expressão mais naturalista que esta?

India, um país com uma população exorbitante, credos e dialetos diversos. Nasce um menino seguindo sua crença, apesar de estar no hospital. Não esqueço do jovem pai ao ver seu filho, a expressão de felicidade. Dias depois o leva para o templo e o oferece aos seus deuses e escolhe seu nome de acordo com os conselhos do guru. Nasceu na época das monções, por isso, Rajhi. Todas as vezes em que começar o verão e as chuvas, ele saberá que ele nasceu naquela época.

Afeganistão, cidade de Cabul. No meio de um governo religioso rígido, guerra, pobreza e falta de estrutura, uma menina nasce. Com dificuldades, é claro. A mãe sofre durante a cesariana, tem queda de pressão, talvez pela má alimentação, ou por eclâmpsia. A médica, com uma equipe inexperiente e sem equipamentos suficientes, sendo necessário o pai ir até o outro lado da cidade comprar numa farmácia suturas para sua amada. Caso não sobrevivesse a pobre criança, aumentaria a estatística da familia na sétima criança deste casal a morrer durante o parto. Uma realidade triste para um futuro duvidoso porém na esperança da igualdade para todos.

Quem diria que no Japão ter um terceiro filho seria motivo de comemoração? Bem, comemora-se mesmo assim. Um parto de um belo garoto. Num hospital que oferece como anestésico, além dos tradicionais, uma tela LCD 32 polegadas na sala de parto, com imagens de golfinhos. Isso sim é tradição oriental. A natureza diante dos seus olhos é compreender a natureza humana.

Bem, ter filho é uma experiência realmente única em todos os sentidos.

Marcel
Enviado por Marcel em 31/12/2007
Reeditado em 31/12/2007
Código do texto: T798060