NOSSA REALIDADE

Tendo certa a palavra como se expressa e verdadeiros os valores que adotou, o homem sempre peca, quando se expressa ou julga outros, mediante os seus próprios valores.

A infinidade de manifestações do pensamento é proveniente e lógico da própria individualidade. Querer rotular tudo através de nosso pensamento ou conhecimentos é querer negar a verdade existente por trás de qualquer expressão da palavra ou modo de comportamento do indivíduo perante a sociedade.

A princípio, tudo parece confuso ou complexo, alguém pode até criticar e dizer que nada disto tem valor.

Qual seria este valor usado como medida ou parâmetro?

É lógico que existiu um arquétipo para tudo, que cada um foi mudando de acordo com seu próprio modo de pensar.

A diferença que existe entre o que é real e o irreal fica condicionada ao modo de ver de cada um.

Algumas vezes vemos a sombra de um menino e, precipitados sem querer ou com medo de perquirir, logo dizemos que acabamos de ver um monstro.

A sombra que se projeta muda de acordo com a posição do objeto e da luz. Dependendo da distância, ela poderá ser grande ou pequena.

Nós apenas vemos uma parte irreal do mundo, porquanto o verdadeiro, mundo poucos o conhecem.

Vemos sombras e acreditamos ver a sua origem.

Nós, como humanos, julgamos ser detentores da verdade, mas sabemos que o que vemos ou sentimos é maya.

Assim, poderíamos dizer que o nosso mundo é irreal, porque tudo é uma projeção do mundo verdadeiro.

Cultuamos nossas sombras e pesadelos enquanto que a realidade ainda não conseguimos ver.

A verdade, alguns homens num átimo de tempo, conseguem vislumbrar, mas, quando tentam transmitir a outros ela se perde.

Aqueles que dizem entender, acomodam-se por medo ou preguiça de buscar sua verdade, que poderá ser prejudicial aos seus interesses ou mesmo o modo de como enxerga o mundo..

Necessário é que procuremos o grande vazio e destruamos nossos símbolos e modelos pré-fabricados e só assim poderemos alcançar a verdadeira projeção da realidade do mundo.

VEM-03/11/80-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 12/01/2008
Reeditado em 26/10/2010
Código do texto: T814367