O perdão que salvou o jogo.

Na escola Santa Esperança, a turma do 5º ano estava animada: naquele dia, teriam um torneio de queimada no final da aula. Ryan e Arquimedes estavam no mesmo time, e levavam o jogo muito a sério.

Durante o intervalo, Ryan pegou a bola nova da escola para praticar. Quando Arquimedes chegou, pediu para brincar também, mas Ryan não quis dividir.

— Agora é minha vez! — disse Ryan, segurando firme a bola.

Arquimedes ficou bravo e, sem pensar muito, empurrou Ryan. A bola caiu no chão e rolou até bater no portão. Ryan ficou com os olhos cheios de lágrimas, mas não disse nada. Só virou de costas e foi embora.

Demétrio, o professor responsável pelo torneio, viu de longe o empurrão, mas decidiu esperar para conversar com eles depois.

Na hora do jogo, Arquimedes percebeu que Ryan estava diferente. Jogava desanimado, não ria, e mal falava com os colegas. Lívia e João, que também estavam no time, notaram e ficaram preocupados.

— Vocês brigaram? — perguntou Sofia, olhando para os dois.

Arquimedes abaixou a cabeça. — Acho que fui grosso com ele... E agora, o time nem tá se divertindo.

No intervalo seguinte, Demétrio chamou Arquimedes para conversar.

— Às vezes a gente age por impulso. Mas quando a gente percebe o erro, o mais importante é reconhecer e pedir desculpas. Isso faz parte de crescer.

Arquimedes pensou no que o professor disse. Foi até Ryan, respirou fundo e falou:

— Me desculpa por antes. Eu agi mal. Queria muito jogar com você, mas acabei estragando tudo.

Ryan olhou para ele, ainda chateado, mas respondeu:

— Eu também fiquei com raiva, mas acho que... a gente pode tentar de novo.

Eles apertaram as mãos e voltaram para a quadra. Dessa vez, o time estava completo — não só com bons jogadores, mas com amigos de verdade.

E quando marcaram o ponto final da vitória, todos gritaram juntos. Mais do que ganhar o jogo, Ryan e Arquimedes tinham aprendido que o perdão também é um time que joga junto.