Momentos...

O Sentir

Eu vos digo que os lábios do menestrel são herméticos, sensíveis, lunáticos, oníricos. As palavras provem de seus olhos marejados, de melancolia, uma dor sublime, suave; um estigma tênue que arrasa e ao mesmo tempo afaga o coração.

Uma lagrima doce que engendra um sorriso, mais que um esgar, uma delicia verossímil que apraz com a grandeza do Universo. Uma simples ternura como quando o zéfiro toca a tez; como as gotas d’água ao salpicar o tronco; como os arrepios da sensualidade ao exortar os membros; e como o inocente beijo que acalma e eleva a alma para paraísos superiores do Sentir.

Um toque de momento maior que a eternidade, mais doloroso que a saudade, mais audaz do que a vontade. Toques de mutualidade.

São dores que, deveras, todos sentem. Os mais sensíveis sofrem multiplicado, um caso complicado de algo enterrado no interior, algo palpável pela percepção que só os olhos marejados e perolados do poeta são capazes de sentir, essência desolada de existir; vestígios voltados aos olhos, apenas.

Podem parecer palavras descabidas, desprovidas de estética, expressão, mas há personalidade, individualidade de um objetivo: encantar-vos com o que tenho de melhor: o Sentis, em varias de suas enésimas faces abundantes. Somos todos faces.

E que seus olhos sejam espelhos vítreos dos meus, para que possamos sentir um só momento, um só sentimento...

Por Eduavison Isaac, a você...

lord edu
Enviado por lord edu em 14/04/2008
Código do texto: T945354