EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 05 - CORDEL de THIAGO ALVES

Versículos de 1 à 47

Depois havia uma festa

Que entre os judeus convém

Jesus com os seus discípulos

Subiu a Jerusalém

Junto à porta das ovelhas

Ele um pouco se detém.

E ali estava um tanque

Que Betesda é chamado

O qual possui cinco alpendres

Distribuídos ao lado

Lá jazia uma multidão

De enfermos agitados.

Na multidão de enfermos

Haviam cegos e mancos

Aleijados e ressequidos

No chão, em camas e em bancos

A espera de um anjo

Trazendo um milagre franco.

Porquanto um anjo descia

Ao tanque uma vez ao ano

E agitava aquelas águas

E o primeiro no plano

Que nestas águas tocasse

Sarava de qualquer dano.

Já há trinta e oito anos

Um homem estava enfermado

Há espera de um milagre

Jesus vendo este, deitado

Sabia que há muito tempo

Se encontrava neste estado.

Homem queres ficar são?

Jesus pôs-se a perguntar

O enfermo respondeu:

Senhor, nem um homem há

Que quando as águas se agitem

Me ponha no tanque lá.

Mas por enquanto que eu vou

Num esforço a me arrastar

Desce outro antes de mim

Eu não consigo chegar

Por isso inda estou aqui

Por não conseguir andar.

Jesus disse nessa hora

Levanta toma o teu leito

Anda com teus próprios pés

Te ordeno com efeito

O homem sarou de pressa

Levantou ficou perfeito.

Tomou seu leito e andava

Era sábado aquele dia

Então os judeus disseram

Ao homem em ironia

É sábado e não te é lícito

Levar teu leito esse dia.

- Ele próprio foi quem disse:

Toma a tua cama e anda,

Foi ele que me curou

Tem autoridade e manda!

Qual homem te ordenou:

Tomar tua cama e anda?

Não conhecia Jesus

O homem que foi curado

Por conta da multidão

Jesus tinha se afastado

Ele assim lhe procurava

Este não foi encontrado.

Depois entrando no templo

Jesus o homem encontrou

- Eis que agora estás são!

Jesus assim lhe falou

Não peques mais, para que

Não volte o mal que sarou.

E aquele homem saiu

E anunciou aos judeus

Que foi Jesus quem curou

Todos os problemas seus

Deu seu testemunho firme

Como agradecendo a Deus.

Por esta causa os judeus

Queriam a Jesus Matar

Porque curava no sábado

Sem o mesmo resguardar

Dizendo o meu Pai trabalha

E eu tenho que trabalhar.

Por isso, pois, os judeus

Mais procuravam matá-lo,

Não só por causa do sábado

Mas por falar com regalo

Que era o Filho de Deus

Isto causava um abalo.

Jesus respondendo disse

Eu vos digo na verdade

E em verdade vos digo

Que o Filho em sinceridade

Por si só nada faria

Na mesma realidade.

Porque o Pai ama o Filho

Mostra o que faz e fará

E maiores maravilhas

Fazendo ressuscitar

Também vivifica o Filho

A quem quer vivificar.

O Pai mesmo a ninguém julga

Mas deu ao Filho o julgar

A que todos honrem o Filho

Como ao Pai possam honrar

Quem assim não honra o Filho

Ao Pai jamais pode honrar.

Na verdade na verdade

Eu vos digo em medida

Quem crê no qual me enviou

Tem vida eterna remida

Não entra em condenação

Passou da morte para a vida.

Em verdade, em verdade

Vos digo que a hora vem

Que agora essa hora é

Que os mortos ouvirão além

A voz do Filho de Deus

Quem ouvir vive também.

Pois, como o Pai verdadeiro

Em si mesmo tem a vida

Assim deu também ao Filho

Ter em si o dom a vida

Poder pra exercer juízo

Justiça sobre medida.

Não vos maravilheis disto

Porque esta hora vem

Que os que estão nos sepulcros

Todos os mortos do além

Ouvirão a sua voz

Vivos e mortos também.

E os que fizeram o bem

Terão a ressurreição

Ressurgindo para a vida

Mas também ressurgirão

Pra condenação eterna

Quem fez mal tem maldição.

Eu não posso de mim mesmo

Coisa alguma só fazer

Como ouço, assim eu julgo;

Meu juízo é justo em ser

Não busco a minha vontade

Mas do Pai, O grande Ser.

Se eu testifico de mim

Nisto aí não há verdade

Há outro que testifica

Neste há sinceridade

Este é sério mensageiro

Tem crédito e tem validade.

Vós mandastes mensageiros

À João, e o mesmo deu

Testemunho da verdade

Também não recebo eu

O testemunho de homem

Digo pra salvar os seus.

Ele era a candeia

Que ardia e alumiava

Vindo assim vos alegrar

Por um pouco tempo estava

Sendo assim com sua luz

Ele vos alumiava.

Tenho maior testemunho

Do que João veio dar

Porque as obras que o Pai

Me deu para realizar

As mesmas obras que eu faço

Pode me testificar.

Quem testificou de mim

Foi o Pai, que me enviou

Nunca ouvistes a sua voz

Nem seu parecer, nem cor

Por isso a sua palavra

Em vós não se fixou.

E a sua palavra em vós

Não pode permanecer

Porque o qual enviou

Vocês não quiseram crer

Assim as vossas palavras

Vós não poderás elas ter.

Examinem as Escrituras,

Porque cuidais nelas ter

Palavras de vida eterna

Que testificam meu ser

Vós não quereis vir a mim

Pra poderes vida ter.

Eu não recebo a glória

Dos homens e conheço bem

Que assim não tendes em vós

O amor o qual Deus tem

Esse amor não há em vós

Nem buscais em vós também.

Vim em nome de meu Pai,

E vós me repudiais

Se outro vem seu nome

A esse vós aceitais

Pois, como podeis vós crer

Sem honrar ao Deus de Paz.

E vós porém não cuideis

Que eu hei de vos acusar

Assim diante do Pai

Há um que isso fará

Moisés é o que vos acusa

Quem estais a esperar.

Porque, se crêsseis em Moisés

Creríeis em mim também

Pois de mim escreveu ele

Mas, se não credes assim

Em seus escritos sem mais

Como vós crereis em mim?

Thiago Alves

A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 14/12/2015
Reeditado em 07/05/2023
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