Devoção

Tônica obscura de claro intento,

Faz o doce brilho do convento.

O lúgubre canto da romaria,

Incandesce a alma fria.

Dos santos vêm os paradigmas,

Paladinos e prosas dignas;

Que são os matizes da doutrina,

Ou, o cerco da cândida rotina.

Se há humilhação nos vitrais,

A rendição se dá pelos afrescos,

Na oração que entorpece os mancebos.

Os ritos radiam a fé,

A fé esbanja a emoção...,

A emoção que evoca a devoção.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 16/01/2018
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