Memórias

Dias que se passaram,

Fragmentos de um sorriso pueril,

Lágrimas que já secaram,

Reverberam como melodia sutil.

Tristezas e perdas distantes,

Memórias que queremos esquecer.

Alegrias e momentos brilhantes,

Coisas que não queremos perder.

Mas com o crescer vem o renovar:

O passado cede ao presente,

Ou a mente, cansada de segurar,

Já encerra o seu batente.

Entretanto, não há memória

Mais fraca que a do coração:

Hoje, temos a alegria da vitória;

Amanhã, alma em triste sequidão.

Dá-me, Senhor, todos os dias,

Memória ao meu descrente coração,

Para que me lembre das noites frias

Que estendeste sobre mim a Tua mão.

Lembra-me, Senhor, quando estava perdido

Tentando fugir da aflição,

Quando me achei fraco e oprimido

Pela doença, angústia ou decepção.

E Tu, Deus bondoso, ouviste meu clamor.

Vieste, sem demora, me socorrer;

Me deste força e vigor.

O caminho, me fizeste ver.

Pai querido, não me deixes esquecer

Da paz e alegria que me deste.

Ajude-me a não mais perder

A esperança que em mim puseste.

Verbo em Versos
Enviado por Verbo em Versos em 09/09/2021
Reeditado em 19/11/2023
Código do texto: T7338766
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