Eu Tô Refém / Poema da Âncora

[Lado A: Eu Tô Refém]

Eu deveria bater no seu rosto violentamente,

Por você ter colocado um palmo de terra,

Sobre a confiança que depositei em você,

Por me trazer esperanças e me arrancar;

Contudo, eu tô refém, é isso,

Eu tô refém das coisas que escolhi gostar,

Refém dos sonhos que podemos realizar,

A ponto de não saber abandonar ou perdoar;

Tô refém de acabar com isso tudo agora,

Ou esperar que você faça e não me culpar,

Refém de você ter nos terminado antes, e

deixado o ''se'', se foi eu...ah que judiação!

QUE TIPO DE HOMEM AMA ASSIM?

Eu sou aquele que espera, que ouve,

Que cuida, que tá do lado, então sempre,

Sinto o dobro dessas injustiças, ah,

Sou o cara que se acostuma e adapta;

Tô refém desse relacionamento que

a gente não se relaciona,

Diz que tá junto mas distante e nem

falo fisicamente,

É uma mão de via dupla porém só

tenho sentido as minhas;

Eu tô refém e não consigo dizer adeus,

Não por ser forte ou aguentar ainda mais,

Acredito eu que sou incapaz para isso,

Terei que fazer por amor ou por dor, saiba,

Você não está sendo responsável com quem cativou;

(Data: 24 de Maio de 2018)

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[Lado B: Poema da Âncora]

o poema da âncora,

você me tira de perto,

eu sou como um peso?

me faz afundar no mar,

da sua indiferença,

eu sou uma âncora,

fico parado lá embaixo,

preso ao passado,

você ainda não parte,

eu te puxo, empatamos?

(Data: 16 de Maio de 2018)

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