Não espere nada
Não te ofereço o céu
O máximo que posso te dar
É o inferno dos meus braços
E a vertiginosa força do meu corpo
Se isso for pouco, sinto muito
Meus sentimentos não posso
Não quero dar, já não tenho
Mas o que tenho é a chama
Do prazer que embriaga
Mas não afaga, só machuca
Não existe entrega na minh'alma
Nem calma no meu coração
Só pedaços espalhados de dor
Por feridas que não fecham
No demais, tanto faz o que tenho
Dentro de mim não contenho
Docilidade nem submissão
Só o fogo pálido da desilusão
E se a sua carne eu ferir
Se assim preferir
Seu amor posso matar
Não com armas letais
Mas com palavras
E atitudes informais