SUA VAIDADE

 

Se no auge da mocidade

Sua vaidade não me quer

Imagino o que há de ser

Nos tempos de senilidade.

 

Se no ápice da jovialidade

Não me enxerga sequer

Então não terá o que ver

Ao sentir o peso da idade.

 

Nisto o meu coração dói

Saber que no seu orgulho

Minha felicidade se destrói

E eu sou rejeito, o entulho.

 

Meu túmulo a cada pedregulho

Que você me joga se constrói

Neste inverno rigoroso de julho

E de batalhas sem um herói.