O último poema

Esse é o último poema para você

Nas tramas da vida onde nada sabemos

Fora verdade? Fora mentira?

Fora um sonho de verão findado na primavera

A história é longa para um poema

Ainda mais para ti que não o merece

A síntese é: te amei

Tu apenas brincastes com meu coração

Em vãs palavras declara teu amor

Discorre coisas tão lindas sobre mim

Difícil, meu caro, é acreditar

Quem ama demonstra e age

Teu amor está envolto das sombras

De teus amores não superados

Meu amor puro, genuíno, incondicional

Para ti fora o mesmo que estrume

Discussões e discussões a lugar nenhum

Conversas não finalizadas

Ceifaram qualquer esperança

A única solução é a morte desse amor

Mas como sentir se era amor?

Se agora só tenho desabor?

Só cabe dentro de mim amargor

Se para ti de nada valeu meu amor

Esperei-te. Chamei-te. Dei-te

Tiveras todas as chances

Tinhas em suas mãos o poder

Mas prefere qualquer coisa a mim

Não acredito em teu sentimento

Como você diz, não é preciso

Mas saiba que foi um experimento

E todo esse seu sentir não é real

Não se trata de fazer o que deve

E sim de buscar ser feliz

Se ser feliz comigo te assustou

Não sinto muito, é sua a perda

De mim foi o melhor que poderia entregar

Em teus braços tinha alegria e gozo

Os momentos eram felizes

Lamentavelmente enganos de minha mente

Na última conversa, tudo foi esclarecido

Cada humilhação será lembrada

E cada lição aprendida

Os erros não serão repetidos

Apenas digo, sem presunção

Que me esquecer não será dificil

Já que é tua a tão limitada nobreza de sentir

É como uma febre: dá e passa

As chances encerraram na noite

Flores? Cartas? Surpresas? Chocolates?

O que você poderia fazer para arrancar a mágoa?

Como se tornar digno de mim outra vez?

As inquirições acima são por demasiado inúteis

Jamais os faria, não és parte de quem é

E se fosse? Depois de todas as palavras ditas

Deveria eu voltar a te olhar?

A crueldade e a covardia não mudaram o sentir

Mas a inércia, as palavras não ditas

O desespero para estar longe

Clarearam minha mente, não me queres

Se um dia perceber que fez a escolha errada

Olhe o calendário e veja o dia do azar

Será que nesse dia algo poderia mudar?

Escrevo e desacredito, afinal

Amanhã, ao raiar de um novo dia

Eu sei o que devo e o que vou fazer

O que pede-me irei conceder

Meu único objetivo é te esquecer

Em tal altura, tão obscura circunstância

Tudo que desejo de ti é distância

Entre teu amor e o meu só há discrepâncias

Não te peço, não quero mais que fiques.

Tamyrys Hadassa
Enviado por Tamyrys Hadassa em 10/10/2021
Código do texto: T7360212
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