77°
Quero a liberdade para amar
Sem precisar me entregar à carência
Não quero desnudar o outro
Para preencher o meu vazio
Quero ser livre na seara do amor
Não quero me deitar com outro corpo
Para aumentar a minha dor
Ninguém precisa da carência do outro
Existe muita coisa que vai alem do corpo
O desejo existe o tempo todo
Somos corpos sujos
Amar a si como amamos o outro
É o primeiro passo para a “salvação”
Tem gente que vive da ilusão
Entregue aos caprichos sexuais
Esmagando os sexos em trepadas vazias
Não quero isso no meu dia a dia
Quero ser livre para amar
Sem me entregar as prisões.
Otreblig Solrac - O poeta burro