77°

Quero a liberdade para amar

Sem precisar me entregar à carência

Não quero desnudar o outro

Para preencher o meu vazio

Quero ser livre na seara do amor

Não quero me deitar com outro corpo

Para aumentar a minha dor

Ninguém precisa da carência do outro

Existe muita coisa que vai alem do corpo

O desejo existe o tempo todo

Somos corpos sujos

Amar a si como amamos o outro

É o primeiro passo para a “salvação”

Tem gente que vive da ilusão

Entregue aos caprichos sexuais

Esmagando os sexos em trepadas vazias

Não quero isso no meu dia a dia

Quero ser livre para amar

Sem me entregar as prisões.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 14/11/2021
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