Estranhos novamente
As vezes lembro de que até era bom a sua amizade, as vezes sinto falta dela, mas isso é tolo porque você nunca se importou.
As vezes nos cruzamos no corredor, lembro do filme de amor e dor que me causou.
E de repente de amantes para estranhos, com muitas memórias.
Sempre que te olho não enxergo mais quem idealizei, você nunca foi e nunca será o ideal que tanto sonhei.
Te olho de vez em quando, até seríamos um eclipse perfeito, mas de todo calor que pude dar você escolheu o frio pra me presentear.
Estranhos novamente, olhares vazios, polares distantes.
Isso nos resume. Perto, mas longe, conhecidos, mas estranhos, uma chama ardente que se apagou, só cinzas restou.
No fim das contas sempre fui eu o Sol que tanto te amou.