Todas as vezes que morri

Homenagem a Mário Quintana

Inspirado no poema Da vez primeira

Da primeira vez que me mataram

Perdi o céu estrelado

E, enfim, quem havia me amado

Na neblina da escuridão se perdeu

Da segunda vez que morri

Tomaram-me uma esperança vaga

Do que nem ao menos entrevi

Reduziram a pó minha existência

Mas da terceira vez, eu me suicidei

A morte levou meu sangue, meu ar...

Não me resta sequer vontade de reter a lucidez

Que certamente seria a próxima a me assassinar

Ana Pismel
Enviado por Ana Pismel em 15/07/2008
Código do texto: T1081710
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