DESABAFO DO MEU DESENGANO

Vamos se lembrar de todos os ignorantes

À todos aqueles que eu nunca escreveria

Todos aqueles que são grandes falantes

Mas na hora da pugna, apenas fugiriam

Todos os idiotas que eu convivo

Num lar de caráter intelectual

Toda essa gente de pensamento curto

Que só vêem os próprios problemas

Todos que não sabem meu nome

Que não se importam como vivo ou como morro

Mas que me criticam

Esperando meu braço inteiro

E quem não sabe amar

Quem não sabe o que é coragem

Quem só sabe falar

E não assume que é um covarde

Vamos orar por quem nem pensa em mim

Quem nunca agradeceu pela boa-vontade

De me sacrificar e dividir em dois

E quem nunca respondeu o meu boa-tarde

Vamos rezar por eles

Que se escondem atras da religião

Que sabem o que não fazem

E por saberem disso

Se orgulham de serem carregados

Pelas costas, braços e pernas

Que suportam o mundo

Que não pesa mais

Que o tamanho de seus egos podres

De seus sonhos que não existem

E dos amores que não têm

Que pelo fato de serem egoístas, se iludem

Com os amores que não existem

E com os sonhos que não têm.

Marxin Leonov
Enviado por Marxin Leonov em 11/10/2008
Código do texto: T1223165
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