SÓ HOJE - II

Marcelo ShytaraLira

Sampa 21/10/2008

Para as vitimas da violência.

Hoje deixei de ser uma gota...

Depois da tempestade virei mar...

Tentei em vão me resgatar

Nos tsunames de meu ser

Nada mais tem sentido...

Nem nos lados opostos dessa direção

A dor é astronômica, atemporal e nada universal...

É subjetiva em meu Asceta

Herege e pobre coração Poeta

Vitimado pelas ações mecânicas do homem projétil

homem covarde

II

As partidas dos que não chegaram

As não chegadas dos que partiram

Tendo muito que viver

Catalisados no meio plano

Restando véus de noivas

Nos olhos antes sorridentes

Angustias...

Revoltas...

Temores...

E medos... Muitos medos

Nos sentimentos progenitores da boa vontade

Introduzidos pelo homem réptil

homem covarde

Só Hoje...