REBELDIA DUM CAMINHO INCERTO

Caminhando vou, em busca de algo...

- não sei bem o quê! -

mas vou caminhando.

Por vezes há Alguém que me dá sua mão,

me dizendo que é esse o meu caminho...

E eu, num momento, me deixo guiar...

esperançada.

Mas não. Não é esse o meu caminho!

E vou caminhando...

continuo a minha procura

e sem tréguas, me entrego

a desbravar novos horizontes.

Alguns fitam-me com seu olhar baço,

querendo me dar suas mãos

e dizendo numa voz que soa a falso,

que será aquele o meu caminho.

E eu deixo cair meus braços

retardo meus passos,

e penso que ainda não é esse

o meu caminho...

Talvez que esta incerteza

persista sempre.

Mas, rebelde, prefiro deambular,

e por ruelas estreitas enveredar,

do que me deixar arrastar

por esses, dos olhares mansos

e de falar tão falso,

que querem limitar meus passos.

Mas não o conseguirão,

porque eu só vou

por onde eu quiser.

Mesmo que embriagada

não atine no caminho,

não deixarei que me arraste o vento,

e me envolva no seu frio manto,

levando me através dos ares.

Talvez que um dia

encontre esse algo...

talvez não... não sei!

Só sei que não admito limitações,

nem quero que me peçam definições,

daquilo que quero e não sei.

Continuarei caminhando,

e, em meu caminho incerto,

eu descobrirei

o que quero

e agora não sei.

Mas sinto que ele existe.

Talvez para lá do Sol,

ou para além do mar.

Mas, não me estendam os braços,

não me tolham os passos,

nem me digam por onde irei.

porque eu encontrarei,

o que hoje quero e não sei...

By@

Anna D'Castro

(D.A. Resevados)

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 30/04/2006
Reeditado em 08/03/2015
Código do texto: T148111
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