Borboleta sem asas
Borboleta,
onde estão as suas asas?
Que o vento acaricia com as mãos sedosas.
Soprando-lhes aos ouvidos
em repetidas notas musicais,
o triste lamento de seus ais.
Vagam incrédulas
e o que refletia cor
agora se arrasta em tons acinzentados
de um dia nublado.
Desfila no palco ausente das asas.
Correm sensíveis ao som do
mais desafinado tamborim.
Reverbera batidas incessantes que balançam
os sonhos distantes de mim.
Borboleta, onde estão as suas asas?
Minnie Sevla