Sombra Amiga .

Não me digas adeus, ó sombra amiga,

Abranda mais o ritmo dos teus passos;

Sente o perfume da paixão antiga,

Dos nossos bons e cândidos abraços!...

Sou dono de místicos cansaços,

Não sou tolo, mas não sou o fantástico,

Que um dia ficou preso nos teus braços...

Não vás ainda embora, ó sombra amiga!

Teu consolo faz de mim um cisne em riste,

Que pelas ondas flutua sem lhe ouviste,

Mas que ouve sua melodia, sua canção triste!

Espera... espera... ó minha sombra amada...

Vê que pra além de mim já não há nada.

Eber Emanoel
Enviado por Eber Emanoel em 06/05/2009
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