Uma estrela nasce e morre....
I
Lá n'outro canto desse mundo,
caso escrevo um poesia,
nasce um trevo sem cortesia,
e nisso tudo me afundo!
Sou só estúpido conjunto,
d'oxigênio carbono e ferro,
nesse fato, eu me enterro!
O ar é vida e traz a morte,
e morro por um simples corte,
sou tão fútil quanto um berro!
II
Certa estrêla queima e morre,
e os impulsos meus os éticos,
são só pulsos elétricos,
e tem bêbado de porre!
E... As sinas que percorres,
á um fato, estás fardada!
És matéria que moldada,
és um corpo que se move,
fluído químico que comove,
Pois és nada, nada e nada!