Doravante...

Doravante...eu sou aquele pingo de chuva.

Doravante irei rumo à morte escura.

Doravante meu canto é apenas de dor.

Doravante eu reflito sobre vida e amor.

Doravante meu estímulo é apenas escrever.

Doravante não tenho nau, nem poder.

Doravante meu corpo jaz.

Doravante vou vendo a partida e a chegada.

Doravante ...sigo apenas, não sou nada.

Doravante ´hão de existir milagres, senão não dá.

Doravante ando bem devagar...forçosamente.

Doravante, nem festa e nem banquete, me farão falar.

Doravante...sou um fato histórico...invulgar.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 06/11/2010
Código do texto: T2600485
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