Irae

O ódio alimenta-me

A raiva consegue consumir-me

O sangue lava

A pálida face da verdade

Essas vozes que não calam

E obrigam-me a fazer o que não devia

São o suor frio

A hipotermia da vida

Minhas pálpebras cansadas descansam

Esperando o sono eterno que não chega

A mentira é a assassina que destrói tudo à minha volta

A lama negra

As sanguessugas bebem a última gota que restou

O triste fim traz o alívio

Ele foi embora

Mas estará aqui em breve

Irá falar-me coisas horríveis

Irá chamar-me de louco

Fortalecerá e aumentará minha ira

A ira de um corpo decrépito

Uma ira chamada VIDA...

Tiago Quingosta
Enviado por Tiago Quingosta em 27/06/2005
Reeditado em 27/06/2005
Código do texto: T28400