Irae
O ódio alimenta-me
A raiva consegue consumir-me
O sangue lava
A pálida face da verdade
Essas vozes que não calam
E obrigam-me a fazer o que não devia
São o suor frio
A hipotermia da vida
Minhas pálpebras cansadas descansam
Esperando o sono eterno que não chega
A mentira é a assassina que destrói tudo à minha volta
A lama negra
As sanguessugas bebem a última gota que restou
O triste fim traz o alívio
Ele foi embora
Mas estará aqui em breve
Irá falar-me coisas horríveis
Irá chamar-me de louco
Fortalecerá e aumentará minha ira
A ira de um corpo decrépito
Uma ira chamada VIDA...