TORMENTA DOS SENTIDOS
TORMENTA
Crescem esperanças de luz
Entre a tormenta
Dilacerando a bruma
Como luzes de feitiço.
Deixamos o torpor dos medos
E arriscamos o andar macio
Nos cruzamentos indecisos
Do arrependimento das palavras
Pecam os olhares
No gasto sufoco
De razões inquietas
Dilaceradas por ondas de amargura
Numa paz naufragada.
O sol já não aquece
As narinas cansadas
De respirar sorrisos magoados
Mas o andar macio da vontade
Cavalga sobre o paredão estremecido
Desafiando tormentas dos sentidos
Numa ânsia desesperada
de reencontrar o passado
pejado de flores em botão.
Photo/Poesia Josalvespt