Meu norte

Meu norte

Tal qual uma brisa veio você,

Morno, suave...

Tocou de leve minha face e eu,

Morna e suave, o recebi como sou...

Sem disfarces.

Tal qual um redemoinho, veio você...

E, quando eu menos esperava,

Fez-me mudar de direção.

Diante disso, quase perdi a noção

De para onde queria eu, ir.

Tal qual uma ventania,

Daquelas de final de tarde,

Veio você arrancando-me,

Da letargia companheira,

Sacudindo-me, revelando-me...

O que nem eu mesma sabia de mim.

Abriu-me os olhos, desnudou-me.

Tal qual um furacão previsto

Veio você, que me arranca o telhado,

Derruba minhas paredes,

Desvia meus alicerces

E vai embora de repente...

Olho em volta e nem vejo teu sinal.

Não há mais brisa, nem redemoinho,

Nem ventania, nem furacão...

Há somente eu, perdida.

Recomeçar é assustador.

A vida nos faz rodopiar tanto!

Cadê meu Norte?

Tânia Cristina de Macedo Costa

Tania Cristina de Macedo Costa
Enviado por Tania Cristina de Macedo Costa em 14/07/2005
Código do texto: T34362